Mais uma meia maratona, mais um falhanço.
Estava com grandes expectativas em relação à minha participação na meia maratona de Lisboa. Os treinos das últimas seis semanas davam-me alento para fazer uma boa marca, de tal maneira que o meu objectivo não era simplesmente bater o meu recorde pessoal actual (1:33:14) mas baixar a hora e meia. E essa era a fasquia mínima, ambicionava bater o recorde familiar do escalão M35 (1:29:22) e inclusivé baixar a 1h28 (o objectivo que fixei no início do ano para 2010).
A prova foi feita na companhia do Pedro Carvalho. Uma vez que ele também queria baixar a 1h30 combinámos ir juntos. A minha ideia era correr a um ritmo o mais constante possível, tendo como referência os seguintes tempos de passagem, 21:00 aos 5 km, 42:00 aos 10 km e 1:03:00 aos 15 km, ou seja 21 minutos por cada legua. Depois logo se veria, se a coisa corresse bem, com mais uma légua a 21 min e um último km a baixo de 4 minutos e a 1h28 seria batida.
Com o Garmin fui controlando o ritmo da prova e consegui cumprir com o planeado até aos 15 kms (1:03:01, sendo que na placa o tempo já ia ligeiramente em atraso - 1:03:44). Não tive dificuldades no tráfego da partida, por volta dos 600m já nos era possível correr sem grandes confusões. A descida para Alcantara foi gerida com cabecinha sem cair na tentação de embalar. Aos 10 km sentia-me impecável.
Por volta dos 12 km o meu mano juntou-se a nós, e curiosamente coincidiu com o momento em que senti pela primeira vez cansaço muscular, ainda por cima a presença do meu irmão terá sido um tónico para o Pedro Carvalho que forçou o andamento. Imediatamente descolei, mas como ia bem de caixa e o Garmin marcava 4:15/km, não me preocupei. Até aos 14 km consegui manter o ritmo até que aos 15 km senti finalmente que estava a deixar cair o ritmo. Havia que sofrer até final.
E foi aqui que cometi o erro capital desta prova. Quem tudo quer, tudo perde...
Apesar de eu ter baixado o ritmo, o meu irmão e o Pedro Carvalho não sairam do meu campo de visão. Comecei a forçar o ritmo com o objectivo dos apanhar. Aos 17 km tive uma oportunidade de ouro que provavelmente me teria dado pelo menos um recorde pessoal. Apanhei a Luzia Dias que ia num ritmo certinho, e em vez de ficar com ela continuei na perseguição deles. Resultado, apanhei-os e de imediato estourei...
O grau de exaustão foi tal que quando parei por volta dos 19 km tinha ideia de fazer apenas uma pequena paragem de 30/60 segundos. Quando tentei reiniciar a corrida, não consegui, cambaleei de tal maneira que não me restou outra alternativa que seguir a caminhar e mesmo assim com dificuldade. Só já quando faltava 500m para o fim consegui novamente correr (leia-se arrastar) até à meta.
Aqui ficam os tempos:
Estava com grandes expectativas em relação à minha participação na meia maratona de Lisboa. Os treinos das últimas seis semanas davam-me alento para fazer uma boa marca, de tal maneira que o meu objectivo não era simplesmente bater o meu recorde pessoal actual (1:33:14) mas baixar a hora e meia. E essa era a fasquia mínima, ambicionava bater o recorde familiar do escalão M35 (1:29:22) e inclusivé baixar a 1h28 (o objectivo que fixei no início do ano para 2010).
A prova foi feita na companhia do Pedro Carvalho. Uma vez que ele também queria baixar a 1h30 combinámos ir juntos. A minha ideia era correr a um ritmo o mais constante possível, tendo como referência os seguintes tempos de passagem, 21:00 aos 5 km, 42:00 aos 10 km e 1:03:00 aos 15 km, ou seja 21 minutos por cada legua. Depois logo se veria, se a coisa corresse bem, com mais uma légua a 21 min e um último km a baixo de 4 minutos e a 1h28 seria batida.
Com o Garmin fui controlando o ritmo da prova e consegui cumprir com o planeado até aos 15 kms (1:03:01, sendo que na placa o tempo já ia ligeiramente em atraso - 1:03:44). Não tive dificuldades no tráfego da partida, por volta dos 600m já nos era possível correr sem grandes confusões. A descida para Alcantara foi gerida com cabecinha sem cair na tentação de embalar. Aos 10 km sentia-me impecável.
Por volta dos 12 km o meu mano juntou-se a nós, e curiosamente coincidiu com o momento em que senti pela primeira vez cansaço muscular, ainda por cima a presença do meu irmão terá sido um tónico para o Pedro Carvalho que forçou o andamento. Imediatamente descolei, mas como ia bem de caixa e o Garmin marcava 4:15/km, não me preocupei. Até aos 14 km consegui manter o ritmo até que aos 15 km senti finalmente que estava a deixar cair o ritmo. Havia que sofrer até final.
E foi aqui que cometi o erro capital desta prova. Quem tudo quer, tudo perde...
Apesar de eu ter baixado o ritmo, o meu irmão e o Pedro Carvalho não sairam do meu campo de visão. Comecei a forçar o ritmo com o objectivo dos apanhar. Aos 17 km tive uma oportunidade de ouro que provavelmente me teria dado pelo menos um recorde pessoal. Apanhei a Luzia Dias que ia num ritmo certinho, e em vez de ficar com ela continuei na perseguição deles. Resultado, apanhei-os e de imediato estourei...
O grau de exaustão foi tal que quando parei por volta dos 19 km tinha ideia de fazer apenas uma pequena paragem de 30/60 segundos. Quando tentei reiniciar a corrida, não consegui, cambaleei de tal maneira que não me restou outra alternativa que seguir a caminhar e mesmo assim com dificuldade. Só já quando faltava 500m para o fim consegui novamente correr (leia-se arrastar) até à meta.
Aqui ficam os tempos:
Não quero ouvir falar em provas superiores a 10 km até ao final da época.
Amanhã começa o ciclo da Primavera/Verão e os 4:35 aos 1500m passam a ser o objectivo a atingir.
***
Resultados oficiais:
Classificação Geral: 949º
Tempos:
Controlo 8,5 km: 37:17 (36:12)
Controlo 15 km: 1:04:50 (1:03:45)
Controlo 20 km: 1:30:39 (1:29:34)
(entre parenteses o tempo não considerando o delay de 1:05 entre o tempo de chip e o tempo oficial)
Tempo chip: 1:38:03
Tempo oficial: 1:39:08
(resultados completos aqui)
***
4 comentários:
O estouro" bem perto da meta deve ter sido muito frustrante, principalmente se tomarmos em conta a forma como tudo estava a correr até aos 15 Km.
De qualquer forma não se pode desanimar, pois estas coisas servem para tirarmos alguns ensinamentos. Neste caso, o de que, para se fazerem bem provas desta distância é necessário mais treinos longos!
abraço
MPaiva
Olá amigo Nuno.
Compreendo a frustação sentida nesta prova mas não a de este Ano nunca mais! Como diz o Paiva fica sempre alguma coisa para se tirar como conclusão, e depois quanto a mim a marca final até nem se pode considerar frustrante, foram muitos anos de paragem, o regresso foi há bem pouco tempo e como bem sabes as meias maratonas até nem eram o teu forte quando abandonaste.
É de louvar sim a atitude e a vontade nas metas que te impôes mas não deves esquecer que estas coisas se vão conquistando com tempo e paciência, e eu sei que essas metas estão perfeitamente ao teu alcance, ou não te conhecesse eu. "Não queres ouvir falar em mais desafios destes até ao fim do Ano" aquilo que eu sei é que não me vais impedir de o fazer, há 20 anos atrás estavas entre os melhores a nível nacional na tua faixa ectária, tinha eu então 42 anos e foi com esta idade que obtive a minha melhor marca nesta distância 1,16,30h. Olha não sou letrado mas estas coisas da corrida não nascem conosco vão-se aprendendo e sei, pelo que conheço, que esta marca está perfeitamente ao teu alcance, a persistência é fundamental, sem pressão nem stress, vai acontecendo.
Um abraço.
Viva amigo Adelino,
Não leia nas minhas palavras mais do que elas dizem.
O resultado que obtive nada tem que ver com a decisão de só querer voltar a dedicar-me a distâncias mais longas depois do Verão (em Outubro espero estar a repetir a meia do Porto!).
Como sabe, neste meu regresso às corridas tenho procurado me dedicar tanto à faceta de "fundista" como de corredor de distâncias "mais curtas" em pista.
Em ambas procuro e sinto prazer na luta contra o relógio. Baixar a 1h30 à meia ou baixar os 2:20 aos 800m são duas faces da mesma moeda, que não é mais do que a busca da superação.
Quanto à prova de ontem, o Miguel pôs o dedo na ferida...se por um lado é verdade que o ritmo dos quatro pouquinhos ao km já cá está, também é verdade que acima de tudo o que faltam são quilómteros, coisa que se torna dfícil de conciliar com a disponibilidade que tenho para treinar.
Ontem só tive pena de ter sido "garganeiro", ao querer tanto baixar a 1h28 inviabilizei aquilo que seria certamente um novo recorde pessoal.
Como se costuma dizer há mais marés que marinheiros, não faltarão oportunidades!
Abraço,
NS
Amigo Sebastião:
Não há que desanimar! Esta correu mal mas a próxima vai correr melhor! Só tens que te preparar convenientemente! Nomeadamente no que se refere à realização de treino longos.
Bons treinos e até a um dia destes.
Luis rebelo
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