segunda-feira, 21 de abril de 2014

Scalabis Night Race



Por causa do feedback positivo da edição do ano passado e da divulgação da edição deste ano, criei uma expectativa muito grande em relação a esta prova. Tenho por isso que dar os parabéns à organização da Scalabis Night Race por ter posto de pé um evento que este à altura dessas altas expectativas! Conjuntamente com a Corrida do Tejo e com a São Silvestre de Lisboa, passou a ser uma das minhas provas de referência na distância de 10 km.

Quando me inscrevi a ideia inicial era competir a sério, mas umas mini-férias na Galiza acabaram por colidir com essa intenção. Treinei normalmente durante a semana, mas o número de horas em cima das pernas foi substancialmente maior que nas semanas de trabalho. Foram muitos os kms palmilhados em Santiago de Compostela e na Corunha. De tal maneira que na quinta feira à noite apareceu-me uma dor fininha na parte posterior da coxa direita e que fez com que na sexta feira andasse todo o dia com a perna "presa" e chegasse a sábado de manhã a coxear. De tal maneira, que pensei que já não estava em condições de ir correr a Santarém e por isso acabei por sair mais tarde da Corunha do que inicialmente tinha planeado.

Almocei em Santiago e arranquei para Portugal eram 15h30. Quando parei na estação de serviço de Barcelos, a dor na coxa mantinha-se. Comprei uma embalagem de 2 kg de gelo e vim até a Coimbra no lugar ao lado do condutor a fazer gelo. Cheguei a Santarém mesmo a queimar a hora da prova (20h30). Tempo apenas para encontrar o meu irmão, colocar o dorsal e fazer um breve aquecimento.

Apesar da perna não me ter doido durante o aquecimento, não tinha a certeza como é que reagiria em prova, por isso interiorizei que iria fazer a prova com o meu irmão que apontava para um tempo de 40~41 minutos e se me sentisse bem no final tentaria forçar um bocadinho.

Partimos de cá de trás, como atesta a diferença (33 segundos) entre o tempo oficial e o tempo de chip, e o primeiro km foi feito de forma muito "devagar" (4:20/km) devido ao tráfego de atletas que tivemos de ultrapassar. Depois com caminho desimpedido, fizemos dois kms "certinhos" (4:01 e 4:00) para 10 km em 40 min, no entanto o azar bateu à porta do meu irmão e antes que chegássemos aos 4 km a prova acabava para ele com uma contractura no gémeo.

Como me estava a sentir bem, e com a paragem do meu irmão, tive carta branca para começar a acelerar. E se acelerei. Do quarto km em diante ninguém me ultrapassou e eu terei subido mais de cem lugares. Foi uma sequência de 6 km (3:49 / 3:47 / 3:36 / 3:41 / 3:39 / 3:27 e um sprint de 90m a 3:04/km para garantir que ninguém me ultrapassava) que me deixaram muito satisfeito, pois foram 6 km a um ritmo de 36:38 aos 10 km. Fiquei com a sensação que neste percurso, sem o desgaste da viagem de 540 km, e a partir na frente, que o meu recorde 37:28 podia ter sido ameaçado. Tempo final, ainda assim, 38:34, nada mau!

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