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segunda-feira, 20 de julho de 2015

Campeonato Nacional de Pista ao Ar Livre de Masters



Realizou-se este fim de semana, em Óbidos, a melhor e provavelmente mais participada edição dos campeonatos nacionais de pista ao ar livre no escalão de Masters organizada pela ANAV.

Em termos pessoais, o meu grande objectivo era bater o meu recorde pessoal aos 1500 metros, tudo o resto era suplementar. Por isso mesmo, na primeira jornada, apenas me inscrevi na prova dos 1500 metros (noutro contexto teria corrido ainda os 400 metros e até os 4x100m se fosse preciso).

O número de participantes no meu escalão era de tal maneira significativo que os juízes optaram por despachar logo os M40 todos na primeira série.

A partida foi dada e o Armando Monteiro assumiu as despesas da corrida, seguido de imediato pelo António Travassos (é de elogiar a participação de um atleta que foi precisamente olímpico na distância). O meu colega de equipa, Carlos Freitas colou-se ao duo e eu tive que tomar a primeira decisão estratégica. Seguir ou deixar-me ficar? Decidi ficar e seguir na peugada do Pedro Salcedas e de outro atleta. Passagem aos 400 metros em 70/71 segundos e aos 800 metros em 2'24''. Se a primeira volta me pareceu rápida, a segunda volta foi perfeita, porque foi feita em contenção quase com a sensação de estar a travar.



Na recta oposta, decidi recuperar uma posição e depois na curva antes de chegar aos 1000 metros assumi o 4.º lugar e comecei a tentar me aproximar do Carlos Freitas que parecia começar a quebrar por ter tentado seguir os dois da frente. Consegui fazer uma última volta forte sem quebrar...e os "quatro-trinta" finalmente apareceram!  



Com o objectivo alcançado, a segunda jornada, no domingo, já foi encarada com menos "pressão".

A minha primeira prova do dia foi os 400 metros barreiras. Como gostei da experiência no ano passado, decidi submeter-me novamente à adrenalina de saltar (sim, porque eu não transponho...) 10 barreiras de 91 cm e tentar correr sem pensar que me vou "esbardalhar". E não é que me saí bem - 74,84, quase menos 4 segundos que no ano passado.


Mas acabei por subestimar o esforço despendido nas barreiras, principalmente porque os 800 metros realizaram-se apenas com meia hora de intervalo.

Nos primeiros 500 metros ainda me senti bem, a tentar seguir o Carlos Freitas, mas a partir daí a pista começou «a subir» e num ápice fui ultrapassado por três atletas. A recta da meta foi penosa. Demasiado contraído. Mesmo assim terminei com 2.16,34, a minha segunda melhor marca, mas aquém dos 2.12/2.13 que julgo valer.


Por fim, a estafeta 4x400 metros. Acabou por ser uma novidade, o facto de ter feito o primeiro percurso. Dei tudo o que tinha (pouco) contribuindo para o segundo lugar obtido entre três equipas participantes nos M40.


terça-feira, 15 de julho de 2014

Campeonato Nacional de Veteranos de Pista ao Ar Livre 2014

Conhecidos os resultados oficiais aqui fica o relato sobre a minha participação no Campeonato Nacional de Veteranos de Pista ao Ar Livre, realizado em Pombal nos dias 12 e 13 de julho.

O meu "programa de festas" era, como habitualmente, ambicioso. Programei participar em 4 provas individuais e disponibilizar-me para participar eventualmente em alguma estafeta. Como já tinha batido o meu recorde pessoal aos 3000 metros, apontei para as provas mais curtas, 400, 800 e 1500 metros e uma estreia, os 400 metros barreiras.

Sábado, 12 de julho
O programa estabelecia a seguinte sequência de provas: primeiro os 1500 metros e depois os 400 metros, o que se adequava aos meus objectivos. A prioridade era tentar bater o meu recorde pessoal aos 1500 metros e fazer os 400 metros sem pressão, dar tudo o que restasse...

1500 metros
A prova de 1500 metros tem tradição de ser das mais participadas dos campeonatos pois costuma ser a única prova de meio-fundo que se realiza na 1ª jornada. No domingo os atletas já se dispersam pelos 800 metros, 3000 metros e 3000 metros obstáculos.

Se por um lado tinha consciência de que iria ser difícil pontuar (8 primeiros) dada a valia de alguns atletas que conhecia (António Silva, Carlos Saias, Armando Monteiro, Baltazar Sousa, ...)), por outro lado, o facto do pelotão ser numeroso poderia ser uma garantia de que haveria atletas a correr para o intervalo que eu pretendia [4:30 / 4:35].

Curiosamente, acabou por acontecer uma situação que eu não previra. Os primeiros optaram por uma corrida "táctica" que fez com que eu fosse no grupo sempre junto ao grupo da frente até aos 800 metros. Se por um lado a sensação era boa de ir junto aos primeiros, quando ouvi o tempo de passagem dos 800 - 2'27'' - percebi que até para mim era lento (pretendia passar a 2'24''). Daí em diante o ritmo foi aumentando e fiquei com o Carlos Freitas "em mira" tentando segui-lo. Acabei forte, os últimos 500 metros foram de certeza os mais rápidos, mas acabei por ficar a 49 centésimos do meu recorde pessoal...





400 metros
Passados cerca de 50 minutos foi a vez de ir aos 400 metros. Havia 7 participantes do escalão M40 que foram divididos em duas séries (a pista de Pombal tem 6 corredores). Não corria 400 metros, pelo menos em tartan, há mais de 2 anos. Para mim a curiosidade estava em saber se seria capaz de correr novamente na casa dos meus melhores tempos (ar livre - 62,79 / pista coberta - 63,04).

Acabei por fazer ligeiramente melhor, 62,43, o que significa que o recorde M40 é novamente melhor que o recorde enquanto M35 :-)




Domingo, 13 de julho
No segundo dia aguardava-me a estreia nos 400 metros barreiras. Nos campeonatos de veteranos é usual ver-se atletas a competirem em provas "fora da sua zona de conforto" normalmente à caça do ponto (não estou com isto a querer recriminar ninguém por isso, até porque já o fiz no passado). Mas desta vez a minha participação teve origem numa motivação genuína de me desafiar a fazer uma prova diferente das que faço pelo simples prazer de experimentar novas sensações competitivas. Após os 400 metros barreiras, seguir-se-ia os 800 metros e depois a estafeta de 4 x 400 metros.

400 metros barreiras
Apesar da vontade de experimentar os 400 metros barreiras ser grande, havia uma preocupação latente em mim. A última vez que tinha saltado (sim, porque eu infelizmente não transponho...) barreiras, acabei com lesão na grelha costal, tal o espalho. A altura das barreiras quando caí era de 1,06 m (prova de 110 metros barreiras), desta vez teriam "apenas" 91 cm, mas não tinha a certeza se conseguiria as passar principalmente as últimas quando já tivesse cansado.

Somente 5 minutos antes de ir para os blocos passei uma barreira a medo. Como me pareceu que consegui passar por cima com alguma margem de segurança fui para a partida esperançoso de que conseguiria chegar ao fim. Pelo sim, pelo não, não levei bicos com receio de me atrapalhar nos saltos e aleijar-me com os mesmos.

Apesar das dicas recebidas pelo Amâncio Santos e pelo Pedro Feliciano, a corrida foi partir cauteloso, e uma barreira de cada vez. Só mesmo quando passei a décima, com o alívio sentido, olhei para frente e percebi que tinha um adversário à minha "mercê". Ultrapassagem inextremis por 16 centésimos. Tempo final 78,50, ou seja, tenho uma graaaaaaaaaande margem de progressão quando comparado com o meu tempo aos 400 metros planos.




800 metros
De todas as provas que fiz, os 800 metros foi aquela que maior amargo de boca me deixou. Nitidamente o cansaço das provas anteriores fez-se sentir. Até aos 600 metros fui bem, mas a partir daí senti claramente o corpo a contrair e acabei ultrapassado por 2 atletas do meu escalão nos últimos 150 metros. Fico com a sensação de que com maior disponibilidade física estaria em condições de correr para 2'14''/2'15''...mas não se pode ter tudo!



4 x 400 metros
Por último a emoção das estafetas. Quando chegou a hora de correr o corpo já estava com os sintomas do ácido láctico, mas a adrenalina que se sente mascara todas as dores que sente. É um "kick" com  a confusão toda que se gera nas transmissões e que no meu caso parece que se acentua quando faço o último percurso. Estavam em competição 4 equipas, o que significa que haveria uma que não teria lugar no pódio. Recebi o testemunho do meu irmão em 4.º lugar mas com o 3.º muito próximo. Sorte a minha, o quarto elemento da outra equipa do Belenenses - José Fernandes - estar tocado e consegui ultrapassá-lo logo após os primeiros 100 metros. Recebi o incentivo dele para ir tentar buscar o 2º lugar e pus prego a fundo. A cronometragem manual que a minha mulher tirou (62,3'') dá uma ideia do esforço que fiz mas não deu para mais...






***

Resultados globais dos campeonatos podem ser consultados aqui


domingo, 27 de junho de 2010

Campeonato Nacional de Pista para Veteranos 2010

Cinco provas em menos de 24 horas, assim se resume a minha participação no Campeonato Nacional de Veteranos de Pista ao Ar Livre que se realizou na pista do Centro de Estágios do Luso.

Das cinco provas em que participei, três delas foram estreias: comprimento, 4x100m e 4x400m. Na qualidade de fundista, ter os 800m como a prova mais longa que fiz, pode dizer-se que foi uma participação sob o disfarce de "velocista".

Mas vamos às incidências da dupla jornada:

Sábado (26)

Logo à abrir, comprimento. Nunca tinha saltado na vida, ainda por cima fui o primeiro atleta a abrir o concurso. Sem saber como marcar a corrida de balanço, simplesmente desatei a acelerar para tábua de chamada e cá vai disto! Resultado...nulo. O juíz olha p'ra mim e diz-me: "basta meio pé a atrás"...certamente a dica era boa, mas para isso é para quem sabe. No segundo salto, já não exagerei tanto na corrida e já consegui acertar na tábua sem pisar a plasticina. Salto válido, vento regular, e 3,98 metros como primeira marca. Apesar do objectivo ser, fazer um salto válido para pontuar, ainda lá fui uma terceira vez tentar passar os 4 metros, e não é que consegui...4,02m, eis o meu novo recorde pessoal :-) Para que, quem nunca fez comprimento, não fique a pensar que é uma boa marca...uma das glórias do nosso atletismo, Péricles Pinto, aos 73 anos, fez...4,03m.



O comprimento teve de ficar pelos três ensaios porque havia que ir aquecer para os 400 metros. Era a prova em que apostava mais neste fim de semana, e só ficaria contente com uma marca inferior aos 63,04 conseguidos na pista coberta. A prova desta vez correu bem, não saí tão rápido nos primeiros 200m, e consegui fazer uma prova mais equilibrada, que se saldou num novo recorde pessoal: 62,79 (3º M35 em 4 participantes...).



Para o final do dia ficou reservada a estafeta dos 4x100m. Com uma equipa desfalcada devido a lesões, a equipa M35 do SLB, teve de ser composta por dois velocistas e por dois fundistas (eu e o meu irmão!).


Sob a batuta do capitão Lemos, lá fomos treinar as transmissões. Parece uma coisa simples, mas para ser bem feito, é necessário apreender muitos pormenores que desconhecia. Durante o aquecimento, a contratura do gêmeo do meu irmão lembrou-se de dar um ar da sua graça...Lá fomos para prova presos por arames, sem saber se ele conseguiria fazer a recta final nos limites. Acabou por se aguentar bravamente, mas para nosso azar, o João Veríssimo a cinco metros de entregar o testemunho ao Ricardo rasgou o músculo...grande galo...acabámos em 2º...



Domingo (27)

No Sábado saímos da pista já eram 21 horas, começamos a jantar para lá das 22h e deitei-me já depois da meia noite. Ficámos num hotel porreiro - Palace Hotel, na Curia - mas não consegui dormir em condições, estava constamente a acordar e a sentir as pernas a queixarem-se da tareia que tinham levado...

Levantei-me às 8h e às 9h15 já estávamos na pista do Luso. Todo dorido, comecei a ter dúvidas se conseguiria correr os 800 metros, principalmente por causa de uma dor forte que sentia por baixo da nádega esquerda (terá sido do comprimento?), como se de um "aperto" se tratasse. Falei com o Ricardo, que me disse para me poupar nos 800m porque a estafeta de 4x400m é que era para dar tudo!

Consciente de que não estava fisicamente em condições para fazer uma prova de 800 metros em pleno, fiquei sem pressão e fui para prova descontraido, apenas com o objectivo de pontuar. A descontração foi tanta que acabei por fazer porcaria, mais uma primeira volta demasiado rápida, com uns segundos 400 metros muito penosos...ainda não sei que marca fiz [2.23...três segundos mais lento que na pista coberta], mas fica a impressão que poderia ter feito a mesma marca com muito menos esforço se não tivesse exagerado no início...

Vinte minutos após ter concluído os 800 metros, já me estava a ser exigido para correr os 400 metros...

Com as lesões do meu irmão e do João, a estafeta M35 teve de ser composta com um atleta M40 (Didier Colaço) e outro M55 (José Esteves). Apesar de termos posto as peças mais fortes nos dois primeiros percursos, não tivémos hipóteses com a equipa do NAC. Efectuei o terceiro percurso e até fiquei com a sensação de ter recuperado alguma distância nos primeiros 200 metros, mas a recta final já foi feita de forma muito contraída...o Esteves ainda fez o seu melhor, mas não passámos do 2º lugar.

Estas incursões no mundo da velocidade (e desta vez também nos saltos) são, para mim, fisicamente mais extenuantes que uma meia-maratona, mas dão um gozo do caraças!

Fechei a época 09/10. Dia 1 de Julho, inicío a época 10/11. Primeiro objectivo, baixar a 1h28 na meia maratona do Porto em Outubro.

Bons treinos!

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