sábado, 25 de outubro de 2014

V Marathon | Semana n.º 3

dom 19/out [ L ]
P. Várzea, 19h25
terra batida, asics gt 2000 (black)
: 16,09 km @ 4:32/km (1:13:03)

seg 20/out
descanso

ter 21/out [ E ]
P. Várzea, 23h20
terra batida, asics gt 2000 (black)
: 9,0 km @ 4:34/km (41:02)

qua 22/out
descanso

qui 23/out [ "mona fartlek" ]
P. Várzea, 22h35
terra batida, asics gt 2000 (black)
: 9,11 km @ 4:24/km (40:01)
parciais:
warm-up: 2,11 km @ 4:48/km (10:07)
fartlek: 5,02 km @ 3:59/km (20:00)
cool-down: 1,98 km @ 4:59/km (9:54)
detalhes do fartlek:
2 x 90'' fast : 3:29/km
2 x 90'' slow: 4:49/km
4 x 60'' fast : 3:19/km
4 x 60'' slow: 5:13/km
4 x 30'' fast : 3:07/km
4 x 30'' slow: 5:25/km
4 x 15'' fast : 3:11/km
4 x 15'' slow: 4:38/km

sex 24/out
descanso

sab 25/out [ E » M » T ]
P. Várzea, 10h25
terra batida, nike structure 17 (blue)
: 10,0 km @ 4:29/km (44:52)

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observações:

: quilometragem semanal: 44,2 km

: semana ainda só com 4 sessões, mas já estruturada (long + easy + quality + hybrid). Destaque para a estreia no "mona fartlek". Não foi lá muito bem executado, secções rápidas, rápidas demais (deviam ter sido entre o ritmo de 10 km  (3:45/km) e 5 km (3:30/km)) e as secções lentas, lentas demais (deviam ter sido para marathon pace (4:23/km)).

domingo, 19 de outubro de 2014

Seis anos passaram

Faz hoje seis anos que voltei a correr. Em dia de "aniversário", a minha prenda foi o visionamento do filme Transcend. Numa palavra, inspirador!

Venham mais seis!


V Marathon | Semana n.º 2

dom 12/out [ E ]
P. Várzea, 20h25
terra batida, asics gt 2000 (black)
: core circuit (aprox. 20')
: 12,0 km @ 4:55/km (59:02)

seg 13/out
descanso

ter 14/out [ E ]
P. Várzea, 22h30
terra batida, asics gt 2000 (black)
: core circuit (aprox. 20')
: 10,0 km @ 4:42/km (46:57)

qua 15/out
descanso

qui 16/out [ E ]
P. Várzea, 22h35
terra batida, nike structure 17 (blue)
: core circuit (aprox. 20')

sex 17/out
descanso

sab 18/out [ E ]
P. Várzea, 20h15
terra batida, nike structure 17 (blue)
: core circuit (aprox. 20')

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observações:

: quilometragem semanal: 42,0 km

: semana «easy», ainda só 4 sessões semanais de corrida contínua (sem sessões de qualidade). Particularidade, treino de corrido sempre antecedido de sessão de exercícios para trabalhar o core.

domingo, 12 de outubro de 2014

V Marathon | Semana n.º 1

dom 05/out [ E ]
P. Várzea, 18h35
terra batida, asics gt 2000 (black)
: 9,0 km @ 4:42/km (42:21)

seg 06/out
descanso

ter 07/out [ E ]
P. Várzea, 22h40
terra batida, asics gtx 2160
: 9,0 km @ 4:52/km (43:50)

qua 08/out
descanso

qui 09/out [ E ]
P. Várzea, 22h05
terra batida, asics gtx 2160
: 6,0 km @ 5:01/km (30:04)

sex 10/out
descanso

sab 11/out [ E ]
P. Várzea, 20h25
terra batida, asics gtx 2160
: 9,0 km @ 4:58/km (44:43)

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observações:

: quilometragem semanal: 33,0 km

: semana «easy» apenas para reaquisição da rotina de treino.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Análise comparativa dos meus melhores tempos por distância

Concluída a maratona de Berlim, dei como terminada a época 2013/2014.

Em jeito de balanço, actualizei um quadro comparativo das minhas melhores marcas (em pista e estrada). Esse quadro tem a particularidade de, para além de indicar o meu recorde, apresentar a marca equivalente nas restantes distâncias, de acordo com a pontuação da tabela da IAAF.

Aqui ficam algumas considerações:

  • Todos os recordes apresentados foram estabelecidos no decurso de 2014, excepto o de 10 km em estrada (sendo que fiz em 2014 uma marca muito equivalente 37:34 na corrida do Oriente) e o da meia maratona (fiz também em 2014 melhor cerca de 3 segundos, mas considero que o percurso não estava bem medido...);
  • Claramente a minha marca à meia maratona está "desactualizada". A ver se ainda é possível até ao final do ano "corrigir" a situação e fazer pelo menos uma marca na casa da 1 hora 24 min.;
  • O facto de ainda conseguir "produzir" uma marca de melhor valia aos 800 metros do que a qualquer distância superior aos 3000 metros faz-me acreditar que ainda tenha "bastante" margem de progressão nas distâncias superiores;
  • Por outro lado, indicia que o volume de treino a que me sujeito não estará "adequado" as corridas de maior duração;
  • Por último, a tabela de marcas equivalentes evidencia que o objectivo mor de baixar as 3 horas à maratona terá de ser acompanhado por um "corte" ainda expressivo no meu recorde do 10 km (pelo menos um tempo inferior a 37 min.).

domingo, 5 de outubro de 2014

As minhas 4 Maratonas | Análise comparativa

Completei no domingo passado a minha quarta maratona. Neste momento verifica-se um empate 2-2 entre as que foram terminadas sempre a correr (Porto e Berlim) e as que não resisti ao cansaço e fui obrigado a caminhar (Lisboa e Málaga).

Como é meu apanágio, gosto de analisar os meus resultados com algum detalhe. Aqui fica os parciais das 4 maratonas e algumas observações acerca dos mesmos.


La Palisse não diria melhor, para se baixar as 3 horas à maratona, pelo menos uma das duas meia maratonas que se corre tem de ser feita em menos de 1h30. Até à data, tal não aconteceu. O melhor que fiz foi domingo passado (1.ª meia em 1:31:23), por isso não há milagres...

São muitos os exemplos, a começar pelo recorde mundial batido em Berlim pelo Dennis Kimetto, que sugerem que a melhor abordagem para a maratona é realizar um negative split entre as duas meias maratonas. Até à data, tal não aconteceu. Apesar da maratona de  domingo passado me ter parecido como a mais homogénea, os números desmentem-me. No Porto a diferença entre a 2.ª meia maratona e a 1.ª foi de apenas 1 min. e 50 seg. enquanto que em Berlim foi de 2 min. e 15 seg.

Contudo, a comparação entre os últimos 12 km e os primeiros 30 km, parece-me ser ainda um melhor indicador de como foi o desempenho nas diferentes provas. E aí, Berlim foi de facto a prova mais bem conseguida, pois a diferença da média ao km nos últimos 12 face aos primeiros trinta é de apenas 7 seg. (4'28'' vs 4'21'') enquanto que no Porto foi de 8 seg. (4'43'' vs 4'35'').

Admitindo que ser-me-á difícil fazer um negative split, fica como referência para uma futura maratona os seguintes tempos por meia maratona: 1h29'00'' + 1h30'59'', ou seja, primeiros 30 km em 2h07'23'' (4:15/km) e últimos 12,195 km em 52'36'' (4:19/km).

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

BMW Berlin Marathon | One is done, five to go


Eu e as maratonas. Tudo começou em 2011. Uma pubalgia fez com que eu antecipasse a minha primeira maratona. Logo nessa altura, assumi o compromisso de querer correr uma maratona por ano, e, de preferência, sempre em locais diferentes. Só mais tarde fiz uma adenda  a esse compromisso, e que se tornou num «projeto de vida», a intenção de correr as seis World Majors Marathons! Haja saúde e dinheiro...

Berlim foi a primeira etapa. Tudo começou com a pré-inscrição. Primeiro, a desilusão de não ter sido sorteado. Depois, a excitação de ter sido aceite na segunda escolha. O objetivo ficou estabelecido. Baixar as 3 horas. Ambicioso mas exequível. Foram seis meses de preparação. Nos primeiros três meses, a palavra de ordem foi melhorar em todas as distâncias mais curtas. Prova superada. Estabeleci recordes pessoais em todas as distâncias que corri em pista: 400m (62,43); 800m (2.15,68); 1500m (4.34,00); 3000m (9.56,77); 5000m (17.33,9); e 10.000m (37.31,62). Nos outros três meses, o treino incidiu especificamente na preparação para a maratona. A menos de três semanas da prova, o azar bateu à porta. Lesão no tendão de aquiles. Houve dias em que dei tudo como perdido. Felizmente foi possível tratar ou pelo menos atenuar a lesão, mas a confiança ficou afetada.

Serve o texto acima para contextualizar a descrição que farei de seguida da minha participação na maratona de Berlim.

O antes da corrida

A necessidade de conciliar a participação na prova com uma viagem turística em família, minimizando ao máximo o número de dias em que o meu filho faltaria à escola, fez com que, contrariamente ao que é recomendável, viajasse para Berlim apenas no dia anterior à prova. Assim, o dia antes da prova foi tudo menos calmo. Acordar cedo (5h30), viagem, deixar a bagagem no hotel e ir a "correr" para a Feira do Evento levantar o dorsal.

Para meu azar, a feira era o sonho de qualquer atleta com stands e m2 a perder de vista de material desportivo. Resultado, uma canseira que era (in)dispensável...felizmente tive o bom senso de fazer um lanche ajantarado na própria feira (sim, bem sei que é kitsch mas a escolha recaiu na inevitável massa) e com isso "ganhei" algum tempo de descanso. No domingo, acordei novamente às 5h00 (6h00 alemãs). Pequeno almoço no hotel e às 7h15 locais saí para rua e tive o primeiro contacto com o tempo "fresquinho" (na altura estariam uns 8.º). A deslocação de metro e depois a pé e os preparativos pré-corrida (deixar a roupa no bengaleiro e ir à casa de banho) foram de tal maneira demorados que quando comecei a deslocar-me para a minha zona de partida (sector E - atletas com tempos entre as 3h15 e as 3h30) já só faltavam 10 minutos para partida. Na prática foi o meu aquecimento, pois fiz o percurso do bengaleiro até à entrada da zona da partida a trotar. Porém, não estava à espera que o afunilamento de atletas fosse tão grande e reconheço que na altura stressei um bocado quando percebi que a partida tinha sido dada e eu ainda nem sequer estava dentro da zona da partida. Apesar de tudo, nem tudo correu mal. Após entrar, tive o bom senso em deslocar-me para o lado esquerdo da zona da partida que claramente estava mais desafogado que o lado direito. Passado cerca de 2 minutos do tiro de partida estava eu a pisar os tapetes de ativação do chip e a começar a correr.

Os primeiros kms, corres o que te deixam não o que tu queres

A partida não diferiu muito de outras corridas com grande participação em que já estive. No entanto, cedo percebi que, apesar de ser impossível furar o pelotão que seguia à minha frente, a homogeneidade do nível dos atletas correspondeu aos meus intentos, segundo o meu garmin, apesar de ter corrido "tapado" pela imensidão de participantes à minha volta, o primeiro km foi corrido em 4:18/km.

A concentração de atletas fez com que os primeiros kms fossem corridos ao ritmo a que o enxame de atletas permitia e não ao ritmo a que provavelmente teria imposto, caso tivesse caminho aberto.

Depois da lesão e da falta de confiança que sentia em relação ao tendão, não alimentei grandes expectativas em relação à prova. Talvez por isso, não tenha perdido grande tempo a pensar em estratégias de corrida para eventuais diferentes cenários de desenvolvimento da prova. A única certeza que tinha, era a de que queria correr os primeiros 5 km a um ritmo ao km mais lento que o ritmo ao km que levava como referência para as 2h59 (4:16/km).

Esta sensação de impotência de não conseguir controlar o ritmo da "minha" corrida, em condições normais ter-me-ia deixado bastante stressado mas como continuava apreensivo em relação ao tendão (deu sinal de vida no avião, terá sido da altitude?) nem me preocupei. Aliás, cedo comecei a mentalizar-me que o importante era chegar aos 30 km em condições, independentemente da marca para que fosse. Era o nivelar por baixo das expectativas. Se conseguisse chegar ao fim sempre a correr, havia a quase certeza que pelo menos o recorde das 3h15 era batido.

«Ver as vistas», os sentidos e o «doping emocional»

Facto curioso. Contrariamente ao que eu pensei, a Maratona de Berlim não se proporciona a uma oportunidade de «ver as vistas» da cidade. No meio daquela molde humana, atletas, mas principalmente, público a apoiar (li algures que terão estado cerca de 1 milhão de espectadores nas ruas de Berlim), faz com que sensorialmente o sentido mais estimulado ao longo do percurso seja a audição em vez da visão. Os cheerings do público (a minha vénia aos dinamarqueses, finalmente vi uma nação ainda mais entusiasta que os espanhóis) e as imensas bandas ao longo do percurso (grande impacto, os grupos de percussão com tambores) são uma constante ao longo de todo o percurso. Foi rara, ao longo de todo percurso, a sensação de silêncio.

Por falar em sentidos, adoptei nesta corrida diversas estratégias mentais para superar a distância. Uma delas envolveu o tacto. Comprovei in loco o que já por diversas vezes tinha lido, corresponder aos "high five" do público, em particular das crianças, faz-nos esboçar um sorriso que parece tornar a corrida mais fácil.

Outra das estratégias, foi a escolha do local onde tentaria avistar a minha mulher e o meu filho. Lá estavam à passagem da 1/2 meia maratona e aos 37 km (dois pontos relativamente próximos em linha recta) e que funcionaram como "doping emocional".

Companhia lusa, da Nazaré

Os km foram se sucedendo, passagem aos 5 km em menos de 22 minutos, aos 10 km em menos de 44 minutos, mantinham-me a menos de 1 minuto de atraso para os tempos de passagem das 2h59, o que era um intervalo que eu admitia, num dia bom, realizando um negative split, ainda ser possível correr abaixo das 3 horas.

Por volta dos 16/17 km encontrei um atleta da Nazaré. Metemos conversa. Partilhámos as nossas agruras, ambos nos lesionámos nas últimas semanas antes de Berlim. E fomos juntos até para lá da 1/2 maratona. Se por um lado, foi agradável ter companhia durante algum tempo, por outro, a partida de determinada altura comecei a ter a sensação de que estava a correr a "corrida" de outra pessoa. Bastou uma ligeira picada no tendão, para que eu decidisse ficar no meu ritmo e deixar a companhia lusa seguir e puxasse do brufen que tinha levado em caso de s.o.s.

A prova começa aos 30 km

Atingi os 30 km com 2h10'34. Já levava um avanço de cerca de 3 minutos em relação a Málaga. Mas um pormenor fez toda a diferença. Desta vez, consegui chegar a esta fase com a atitude mental de que a prova ia efetivamente começar a partir desse momento. Quando cheguei aos 33 km, tive o kick de já só faltarem menos de dois dígitos para concluir a prova. Até me pareceu que tinha conseguido acelerar o ritmo, mas a verdade é que os parciais da prova me desmentem...

Nos últimos 5 km as dificuldades aumentaram.  A estratégia adotada foi dedicar cada um dos km seguintes a uma pessoa. Pais, irmão, filho e mulher foram as escolhas óbvias.

O «muro» tardou, mas sempre apareceu

Se há cidade em que é apropriado falar em muro, essa cidade é Berlim. No meu caso, o «muro» apareceu aos 40 km. Os dois últimos km foram bastantes difíceis em termos físicos. Surgiram-me ameaças de câimbras que exigiram força mental para resistir a tentação de parar.

O momento por mim mais aguardado de toda a corrida era sem dúvida a aproximação às portas de Brandenburgo. Propositadamente evitara passar junto das mesmas no sábado para que ao longo da corrida tivesse sempre presente essa "obrigação" de chegar às portas. Se chegasse era garantido que tinha a meta à minha mercê.

Curiosamente, foi precisamente aí que me aconteceu uma situação insólita. Ao aproximar-me das portas dei conta de um fotografo da Marathon Photo. Apesar de achar que se trata de um roubo os preços por eles praticados, lá fiz por tentar aparecer de forma cool nalguma foto. Porém, ao levantar os braços com os dedos em "v" de vitória tive imediatamente uma câimbra na perna esquerda que me fez ficar agarrado à perna. Foram breves os segundos de pânico, mas cheguei a imaginar-me a ter que ir até à meta a coxear. Felizmente o espasmo foi momentâneo. A brincadeira ter-me-á custado alguns segundos que teriam sido preciosos para que eu tivesse baixado as 3h05.

Conclusão

Foi sem dúvida uma experiência muito satisfatória, que correspondeu às muito altas expectativas que eu tinha. O resultado não foi o inicialmente desejado, mas atendendo às últimas duas semanas, fiquei bastante satisfeito com o meu resultado.

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